Geralmente a exaustão emocional acontece quando há um desequilíbrio na vida pessoal ou profissional que gera acúmulo de estresse. As pessoas esgotadas emocionalmente não separam um tempo para cuidar de si mesmas e sentem falta de carinho, reconhecimento ou consideração satisfatórias.
Essa exaustão chegou no chão da escola através da pandemia, foi indo embora devagarinho, e podemos finalmente recomeçar. Mas infelizmente, essa tal de exaustão voltou com força total, por conta das últimas notícias ruins sobre segurança nas escolas.
Mais será possível!? Será possível que nós não poderemos trabalhar em paz?
As escolas precisam de porteiros, inspetores, orientadores, assistentes, psicopedagogos,assistência social… Quantos recursos humanos estão faltando em sua escola?
Precisamos de patrulhamento policial, de Projetos eficazes de Segurança Pública. Precisamos de mais boa vontade do poder público.
Orientar as famílias a vigiarem seus filhos e suas mochilas é válido. Motivar uma campanha de amor e paz em um dia marcado para ter massacres é legal. Mas não é isso que queremos. Isso não basta. Isso não nos tranquiliza. E toda a exaustão emocional continua aqui, num tremor de mãos, num olhar arregalado, num choro reprimido, numa insegurança sem fim.
Hoje, mais uma vez, a escola onde leciono foi arrombada. Tentaram atear fogo.
A escola não tem vigilante, não tem porteiro, não tem câmeras de segurança, não tem muros altos, não tem… e não tem.
Se depois de mais um assalto, vandalismo, maldade…sei lá. Teremos esses recursos que amenizam e contribuem para a segurança de uma escola? Não sei!
A exaustão sim, ela permanece.
Todo o resto, eu não sei.
Claudete Garcia é professora concursada da Secretaria Estadual de Educação de Goiás e da Prefeitura Municipal de Valparaíso de Goiás. Formada em Letras e pós-graduada em Docência no Ensino Superior.
Ola