PSOL NÃO TEM QUE ANDAR COM PERILLO

O jornal Opção noticiou que o Partido dos Trabalhadores (PT) procura uma aliança ampla de centro esquerda contra uma candidatura bolsonarista em Goiás nas eleições de 2026, e uma das alternativas poderá ser o nome do ex-governador Marconi Perillo do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

O PT procura ampliar o palanque para o presidente Lula e consolidar sua candidatura no estado, e tem, por exemplo, na vereadora Aava Santiago (PSDB) um caminho fértil para fortalecer esse diálogo. A matéria cita ainda que o partido do presidente Lula exigirá apenas que Marconi se distancie do discurso bolsonarista e aceite liderar esse grupo de centro esquerda. O ex-deputado da sigla petista Luis Carlos Bueno cita outros partidos que poderiam fortalecer o projeto.

Outro caminho que o PT buscará, segundo a reportagem, é caminhar com o Partido Social Democrata (PSD) de Wanderlan Cardoso. Isso no intuito de garantir amplo espaço ao presidente Lula em Goiás e diminuir, assim, o alcance da extrema direita bolsonarista no estado.

O fato é que partidos como o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) não devem caminhar sob está perspectiva. O debate natural pelo qual defendo enquanto militante desde a origem e sendo ex-presidente, é que possamos sim caminhar com partidos de esquerda e progressistas que apóiem o projeto nacional ao Governo Lula em sua reeleição. Todavia, sou totalmente contrário qualquer tipo de aliança a figuras como Marconi Perillo caminharem em conjunto conosco nesse empreitada. Ainda que Marconi se desloque ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), repetindo a manobra de Geraldo Alkmin nacionalmente e José Élinton em Goiás, ainda assim, sou veemente contra o PSOL apoiar um projeto encabeçado por ele. Aqui não diz respeito a personalismo, mas programa político, e Marconi Perillo representa um programa político.

O próprio Bolsonaro não é apenas um homem, mas por aí só representa um programa político, portanto, seu nome está acima de discussões de siglas. Indo além, posso buscar Hitler e Mussolini.

Precisamos lembrar quem foi Marconi Perillo no estado. O que ele representou aos servidores públicos. O que fez na educação. Lembrar das OSs e por aí vai. Seria uma grande incoerência.

O PSOL precisa manter coerente suas posições e ideologias. Nossa defesa é a classe trabalhadora e melhorias ao povo. Temos lado. Para nós, Marconi Perillo está do outro lado. Apoiamos Lula, mas não podemos vender nossa dignidade. Ou estamos com PT em uma base onde tenha partidos de esquerda progressista ou o PSOL tem a obrigação de apresentar um programa de governo a população de Goiás com uma candidatura própria. E sendo assim, temos nomes para discussão. Dentre eles a atual presidenta Cíntia Dias e coloco até mesmo o meu a disposição pelo qual já disputei outrora: Professor Weslei Garcia.